top of page

CMA aprova texto que incentiva produção de dendê e libera plantio de palma na Amazônia

Iara Guimarães Altafin | 14/04/2015, 12h46 - ATUALIZADO EM 14/04/2015, 16h16

Projeto que incentiva o cultivo da palmeira que produz o dendê e a produção nacional desse tipo de óleo foi aprovado nesta terça-feira (14) pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). Apresentado pelo Executivo, o texto (PLC 119/2013) cria o Programa de Produção Sustentável da Palma de Óleo e estabelece diretrizes para o zoneamento agroecológico da cultura.

Mais conhecido no Brasil por seu uso na culinária típica da Bahia, o dendê é um dos óleos vegetais mais consumidos no mundo, com amplo uso na fabricação de massas, margarinas, cremes vegetais, biscoitos e sorvetes. O óleo de palma também é utilizado pela indústria de cosméticos e na composição de detergentes e sabões, sendo ainda matéria prima para produção de biodiesel.

Favorável ao projeto, o relator na CMA, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), ressaltou que o Brasil tem condição de se transformar no maior produtor mundial de óleo de palma, que representa um terço do óleo vegetal comercializado no mundo e tem produtividade dez vezes maior do que o de soja.

O programa prevê incentivos para o plantio da palma de óleo, nativa ou exótica, inclusive para recomposição da RESERVA florestal em propriedades localizadas na Amazônia Legal.

Conforme Flexa Ribeiro, o cultivo da palmeira que produz o dendê, conhecida por palma de óleo, é uma atividade intensiva em mão de obra e seu incentivo favorecerá a geração de emprego e renda para o pequeno agricultor, promovendo o desenvolvimento rural e a fixação do homem no campo.

Ações

O programa de Produção Sustentável da Palma de Óleo estabelece ações a serem adotadas pelo governo federal visando à regularização fundiária e indicação de áreas destinadas para a produção sustentável da palma de óleo. Para aumentar a produtividade da cultura, determina que sejam feitos INVESTIMENTOS em desenvolvimento científico e tecnológico. O projeto também trata da criação de modalidades de financiamento para a cultura e de estímulos ao seu cultivo pela agricultura familiar.

De acordo com a proposta, será proibida a destruição de vegetação nativa para a expansão do plantio e industrialização de palma de óleo. No entanto, poderão ser instaladas unidades industriais com licença ambiental concedida até a promulgação da nova lei. Também poderão ser ampliadas unidades industriais em funcionamento, desde que o pedido de licenciamento ambiental tenha sido protocolado até a promulgação da lei.

O PLC 119/2013 libera o cultivo de palmeiras nativas ou exóticas em propriedades localizadas na Amazônia, com a finalidade de recomposição de RESERVA legal. E determina que as unidades produtoras de óleo de palma deverão efetuar registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e enviar ao órgão informações sobre processamento de matéria-prima, produção, comercialização, exportação e estocagem.

As sanções pelo descumprimento das normas incluem desde multa até cancelamento de registro, licença ou autorização do empreendimento e perda de participação em linhas oficiais de crédito.

Antes da aprovação na CMA, o projeto foi acolhido pelas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), seguindo agora para decisão final em Plenário.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


Posts em Destaque
Mensagens Recentes
Pesquisar por tags
No tags yet.
Siga - nos

 

  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
Memória DAZ Residência agrária
bottom of page